primeiro semestre

'Como é bom ver este momento de alegria', diz reitor Luciano Schuch, sobre volta às aulas na UFSM

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

O novo semestre letivo na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) começou presencialmente nesta segunda-feira. O reitor da UFSM, Luciano Schuch, participou do CDN Entrevista e contou um pouco mais sobre o que o retorno de cerca de 27 mil estudantes representa para a instituição.

- O que mais se vê são sorrisos de estudantes e professores. Hoje, pudemos ver o movimento nas vias de acesso à universidade e no paradão de ônibus, que estava lotado. Como é bom ver este momento de alegria. É uma festa muita linda - disse o reitor. 

Segundo ele, além dos 27 mil estudantes, o retorno presencial implica também no retorno de 5 mil servidores e aproximadamente 1,5 mil funcionários terceirizados, o que deixa o campus sede, novamente, cheio de pessoas. Para os calouros, Schuch destacou a necessidade de garantir o acolhimento por parte da comunidade acadêmica, como mostrar aos novos estudantes os principais serviços da universidade, incluindo a Biblioteca Central, o Restaurante Universitário, as parada de ônibus, os prédios dos cursos, entre outros lugares.

USO DE MÁSCARAS
Conforme o reitor, 99% da comunidade acadêmica está vacinada, o que permite que não seja mais obrigatório o uso de máscaras de proteção facial:

- Com poucas pessoas vacinadas, a máscara é equipamento de proteção coletiva. Com a população vacinada, ela passa a ser de proteção individual. Não há a obrigação de usar, fica a cargo de cada pessoa.

A UFSM ainda recomenda que pessoas que estejam vulneráveis a doença usem o equipamento, e que todos os ambientes tenham circulação de ar para evitar a contaminação pela Covid-19. Álcool em gel estavam em todos os prédios da instituição para que seja a feita a higienização das mãos.

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De acordo com Schuch, são apenas seis professores e técnicos administrativos que ainda não se vacinaram contra a Covid-19, condição obrigatória para o retorno ao campus. Os pedidos de recursos enviados pelos seis ainda está sob análise. Se negado, os técnicos podem ter o ponto eletrônico cortado, o que implica no corte de salário, e os professores ser impedidos de entrar em sala de aula. 

QUESTÃO ORÇAMENTARIA
Sem aulas presenciais desde março de 2020, apenas as salas da administração da UFSM e alguns laboratórios eram utilizados normalmente, o que necessitava dos serviços de limpeza. Com o retorno das aulas, praticamente todos os espaços da instituição voltam a precisar de limpeza, o que aumenta o valor de custeio para a demanda. Também devem subir os custos com energia elétrica, viagens, entre outros. Além disso, a universidade tem orçamento 26% menor do que em relação a 2019. 

-  Teremos a redução de alguns serviços, redução de portarias e de pontos de vigilância. Reduzir número de bolsas a alunos e número de projetos. Vamos adequar a universidade ao novo orçamento, o que não vai nos impedir de atuar, o que vai acontecer é que menos pessoas vão ser atingidas - explica o reitor.

Ainda segundo Schuch, apenas as obras que já estão em andamento serão realizadas, a menos que haja uma nova liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC). 

INOVAÇÃO
Uma das bandeiras da nova gestão da UFSM é a inovação. Para Schuch, é preciso que se consolide o Parque Tecnológico da UFSM, para que novas ideias criativas tenham a oportunidade de surgir e que a transferência de tecnologia aconteça. 

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL
Como alguns alunos não conseguiram concluir a graduação no período previsto, há menos vagas na Casa do Estudante. Assim, nem todos os alunos vindos de fora de Santa Maria, e que solicitaram a moradia, vão conseguir vagas nos apartamentos. A reitoria estima que 400 alunos vão precisar de um auxílio moradia, no valor de R$ 375. 

- Sabemos que não se consegue locar um espaço, talvez um quarto numa pensão com esse valor. Mas, se juntar dois ou três alunos, se consegue uma locação para permanecer em Santa Maria até que os alunos represados se formem e liberem as vagas - diz o reitor.

VESTIBULAR
Com apenas 43% das vagas preenchidas na primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2022, a UFSM estuda voltar com o vestibular, ferramenta que agilizaria o preenchimento das vagas.

- Fazemos esforço para preencher as vagas. Por isso estamos rediscutindo esse processo. Sisu é bom porque é um sistema nacional. Une o país inteiro, mas mesmo assim há dificuldades. Em Frederico Westphalen, um curso de 40 vagas preenche apenas três. Nossa ideia é trazer de volta um modelo parecido com o Peies. Atender os 40% ou 50% pelo Sisu e o restante com uma prova nossa. 

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Outra mudança em contraste com o Sisu, é que seria escolhido o curso em que o estudante se candidata antes da realização da prova, e não após, quando a escolha é feita a partir da nota final.

*Gabriel Marques


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